Procedimentos cirúrgicos denominados minimamente invasivos, como a videoendoscopia, vêm sendo entusiasticamente recebidos por pacientes em todo o mundo. Isto se deve às suas inúmeras vantagens, como: pequena incisão, melhor estética, menor período de hospitalização, dor pós-operatória reduzida, menor incidência de obstrução intestinal por aderência, menor índice de abscesso abdominal em casos de apendicite com peritonite (por ter acesso a toda cavidade abdominal), convalescença mais rápida.
Muitas dessas vantagens tornam as técnicas minimamente invasivas também indicadas para pacientes pediátricos, em muitos casos, especialmente pelo poder de diminuição, do desconforto e de complicações pós-operatórias.

Equipamentos
Importantes avanços tecnológicos ocorreram na Cirurgia Videoendoscópica: imagem melhorada por monitores de alta resolução, câmeras de alta sensibilidade, insufladores eletrônicos com pré-aquecimento do gás carbônico e instrumentos criados especificamente para pacientes pediátricos. No entanto, há uma carência no mercado de profissionais com conhecimento e experiência no método.

Anestesia
Os procedimentos anestésicos nas Cirurgias Videoendoscópicas já são conhecidos, não se distanciando muito dos usados nas cirurgias convencionais na maioria dos casos.

Cirurgias Videoendoscópicas realizadas na Cirurgia Pediátrica

ABDÔMEN
1 – Apendicectomia
É realizada quando ocorre um processo inflamatório do apêndice ileocecal, havendo a necessidade da retirada do mesmo.
2 – Colecistectomia
Retirada da vesícula biliar que apresenta cálculos ou pólipos no seu interior, que podem causar processos inflamatórios e dor.
3 – Orquidopexia
Fixação do testículo na bolsa escrotal quando o mesmo fica retido no abdômen durante a gestação.
4 – Fundoplicatura
A confecção de uma válvula, com o fundo gástrico, na junção esofagogástrica, para evitar refluxo gastroesofagiano.
5 – Pieloplastia
É a correção de uma estenose (estreitamento) da junção da pélvis renal com o ureter.
6 – Esplenectomia
Retirada do baço quando o mesmo apresenta risco para o organismo do paciente, por exemplo: anemia falciforme, abscesso esplênico, púrpura trombocitopênica idiopática, entre outros casos.
7 – Hérnias
Correção de orifícios herniários com ou sem a colocação de tela.
8 – Hérnia Diafragmática Congênita
Correção de orifícios herniários no músculo diafragma.
9 – Diverticulectomia de Meckel
É realizada quando ocorre a inflamação do divertículo de Meckel (má-formação intestinal do íleo terminal).
10 – Distorção de Anexos
É realizada quando a paciente apresenta cisto ovariano e ocorre uma torção do mesmo, com risco de necrose do ovário.
11 – Laparoscopia Diagnóstica
Realização de diagnósticos e estadiamento de vários tipos de doenças, com possibilidade de biópsia em caso de tumores e doenças congênitas (por exemplo, megacólon congênito).
12 – Trauma
Avaliação de lesão de órgãos intra-abdominais, no caso de trauma fechado.
13 – Nefrectomia
Retirada do rim quando ocorre alguma disfunção grave no mesmo.
14 – Tratamento de Varicocele
É o tratamento das varizes testiculares, que podem causar infertilidade.
15 – Tumor
Ressecção de tumores em casos muito específicos.

TÓRAX
1 – Lobectomia Pulmonar
É a retirada de algum lobo do pulmão, que apresenta doença.
2 – Decorticação Pulmonar É a liberação das pleuras em caso de empiema complicado (secreção purulenta).
3 – Ressecção de Cistos Broncogênitos e outros tumores de tórax
4 – Simpatectomia
Resseção de gânglio simpático em caso de hiperidrose (suor excessivo).
5 – Toracoscopia Diagnóstica
Realização de diagnósticos e estadiamento de vários tipos de doenças, com possibilidade de biópsia em caso de tumores e doenças congênitas.
6 – Correção de Atresia de Esôfago
Quando a criança nasce sem comunicação entre o estômago e a boca.